Senadores adiaram depoimento de Ricardo Barros porque precisavam ouvir servidores do Ministério da Saúde O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta segunda-feira que a CPI da Covid no Senado marque o depoimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) , que teria sido citado como responsável por um esquema de corrupção na aquisição da vacina indiana Covaxin . Na última sexta-feira, Barros recorreu ao Supremo Tribunal Federal para que seu depoimento seja mantido para esta quinta-feira. A data foi alterada ontem pelos senadores, que precisaram convocar ex-servidores do Ministério da Saúde , citados no caso da vacina Covaxin e também na denúncia de oferta de propina a um representante de empresa. Em conversa com apoiadores gravada, editada e publicada por um canal simpático ao presidente nas redes sociais, Bolsonaro voltou a reclamar da atuação da comissão e lamentou os ataques que vem sofrendo nas últimas semanas. Em depoimento à CPI da Covid, o deputado Luís Miranda (DEM-DF) afirmou que, ao denunciar um suposto esquema de corrupção no Ministério da Saúde, ouviu do presidente Bolsonaro que o responsável pelo ilícito seria o deputado Ricardo Barros. — Uma CPI que tem três elementos lá que pelo amor de Deus. Agora, a imprensa, qualquer besteira lá, dá espaço. Olha aqui: o Ricardo Barros quer falar. A CPI não quer ouvir mais ele. Deixa ele falar. Vamos supor, já que estão acusando que ele fez algo de errado, deixa ele depor na CPI. O interesse é ouvir quem vai falar o que interessa para eles — afirmou. O presidente voltou a negar qualquer corrupção na aquisição da vacina indiana Covaxin e também fez pouco caso da acusação de que um diretor do Ministério da Saúde teria cobrado propina de um representante de uma empresa americana. — Você acha que em fevereiro tinha 400 milhões de doses? Outra: um cabo da PM se encontra com um cara assim. “Ah, vamos acertar 1 dólar”. É assim o negócio, pô? Não foi comprado nada. O tempo todo porrada. Porque acabou a teta, acabou a sacanagem. O tempo todo quer acusar de alguma coisa — disse Bolsonaro a apoiadores. Bolsonaro também repetiu o discurso de que a instalação da CPI no Senado não tem como objetivo melhorar a situação epidemiológica no país. Na comissão, os senadores investigam a possível omissão do governo federal durante a crise, bem como a promoção de medicamentos sem eficácia comprovada. Nas últimas semanas, além desses pontos, os senadores também avançaram sobre possíveis focos de corrupção no Ministério da Saúde na aquisição de vacinas. — Continua gente morrendo gente de Covid, certo? Qual a contribuição da CPI para morrer menos gente. Diferente do Senado americano. Agora é jogo de poder, o pessoal não faz pela vida, pela saúde. Está se lixando pro povo. É pelo poder — afirmou.
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CPI: Rosa Weber mantém direito de empresário da Precisa de ficar em silêncio
Depoimento de Francisco Maximiano foi adiado após determinação da ministra do STF e ainda não tem data para acontecer A ministra Rosa Weber , do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o recurso apresentado pela CPI da Covid contra a decisão dada por ela que autorizou o empresário Francisco Emerson Maximiano, dono da Precisa , a ficar a silêncio durante depoimento à comissão do Senado. Na última quarta-feira , a ministra concedeu o direito a Maximiano , tendo em vista uma apuração do Ministério Público Federal (MPF) que apura o contrato do governo federal com a Precisa . O contrato foi assinado no dia 25 de fevereiro, para compra de 20 milhões de doses a R$ 1,6 bilhão. No recurso, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) , pedia para que a decisão de Rosa fosse reconsiderada. Ele ressalta que Maximiano foi convocado na condição de testemunha, e que “os documentos juntados aos autos não permitem a constatação inequívoca de que o agravado ostenta a condição de investigado”. Aziz frisa que o empresário não está no rol de investigados apontados pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) . “É fundamental que o agravado não permaneça em silêncio no depoimento em que comparece na condição de testemunha, mas que se manifeste amplamente sobre o que tiver ciência e de interesse do Colegiado Parlamentar, na forma da lei. A sonegação de informações de que a testemunha, ora paciente, tenha o dever constitucional e legal de depor à CPI tem o condão de causar prejuízos irreversíveis ao inquérito parlamentar”, argumentava o presidente da CPI. Inicialmente marcada para a última quinta-feira, a oitiva de Maximiano foi adiada pela comissão e ainda não tem nova data para ocorrer. Maximiano entrou na mira da CPI porque sua empresa teria sido a responsável por intermediar as negociações com o Ministério da Saúde para compra da vacina Covaxin.
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