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A ressurreição do teatro: como tem sido a volta aos palcos pós-pandemia

A ressurreição do teatro: como tem sido a volta aos palcos pós-pandemia

Luz, palco e ação. Essas três palavras dão o tom de peças que alegram, emocionam e fazem as noites do público, mas especialmente de atores, diretores e de quem sobrevive do teatro. Durante a pandemia, a arte precisou se reinventar. Os aplausos que antes enchiam os ouvidos foram transformados em likes, comentários e compartilhamentos na internet. Um dado de 2018 do Centro Técnico de Artes Cênicas do Brasil (CTAC), mostrou que, na época, existiam 71 teatros em funcionamento no país. Desde março de 2020, as casas foram fechadas para evitar maior contaminação durante a pandemia do coronavírus. Com o avanço da vacinação, a volta gradual das atividades presenciais fez com que esses estabelecimentos também ressurgissem, mas os danos da pandemia deixam marcas profundas. Para Tiago Pessoa, produtor e diretor da peça “FantasyLand”, que estreia no Teatro J. Safra, em São Paulo, dia 25 de setembro, a área foi a mais prejudicada durante o período da pandemia. “Fomos os primeiros a parar e estamos tentando retornar agora. A gente ainda não sabe como vai ser, o quanto o público vai se sentir seguro. A cultura, o entretenimento e os shows são um dos maiores prejudicados, com certeza”, diz. Sem as produções presenciais como fonte financeira, Pessoa diz que sobreviveu fazendo alguns eventos pontuais e on-line. A retomada acontece aos poucos e vai demandar de tempo até que fique totalmente normalizada. O produtor diz que o país não incentiva o hábito de frequentar o teatro, logo, as pessoas não criaram essa cultura. “Sempre foi difícil levar o público pro teatro. Agora acredito que seja mais ainda. A gente está voltando aos poucos e vamos galgando esse público de novo. A gente espera que depois dessa pandemia toda, tenham percebido o quanto a gente consome cultura, do quanto ela é importante”, conta. O impacto do isolamento na performance A atuação não se resume à fala. O corpo é parte importante dos atores e faz com que as cenas fiquem ainda mais naturais. Mesmo com as adaptações on-line, a energia que o palco transmite para o corpo é outra e estar sem contato presencial pode afetar a performance. “A principal mudança foi a alteração de me relacionar com o entorno e a prontidão no corpo. Depois de muito tempo longe é normal que aconteça uma arrefecida no tônus corporal e nosso olhar quase que (re)aprenda a ficar longe das telas, ou priorize isso. Essa mudança é a que sinto ter de resgatar no momento. O que nós como atores vivemos agora é o retorno da relação com o nosso próprio corpo, do jogo com o outro e com a plateia”, conta o ator e dançarino Breno Manfredini. Rodrigo Alfer, que está dirigindo a peça on-line “O Príncipe DesEncantado – O Musical”, conta que, depois do período difícil, está animado para retornar aos palcos. “Voltar é uma alegria imensa, eu não paro de pensar no espetáculo um só dia, não fiz nada de diferente, tentamos nos reunir virtualmente, pois é muito difícil ensaiarmos canto e dança. Penso que, para essa retomada, tudo possa ser com leveza, já que foi tudo tão desgastante para todos”. A saudade e as expectativas para pisar nos palcos e colocar em ação a arte de performar são grandes. Manfredin ainda está em processo de ensaio para uma estreia em novembro, mas vê a volta das peças como um renascimento. “A sensação, imagino, será muito feliz e esperançosa pelo retorno, mas com a estranheza de tudo que está acontecendo ou aconteceu. Como uma ressaca”, afirma. O dançarino conta que a expectativa é que o público venha forte e aviado como sempre foram aos teatros, seguindo com segurança todos os protocolos. “Manter a cultura das artes no país é a forma de perpetuarmos as histórias que abarcam todas relações em sociedade e nos faz refletir, distanciados e com humor, sobre a avalanche de tudo que vivemos no país e também universalmente. Parafraseando a grande Fernanda Montenegro: ‘Quando o teatro vai mal, o país vai mal'”, completa.

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Vírus brasileiro se disfarça em apps e rouba dados bancários; saiba se proteger

Vírus brasileiro se disfarça em apps e rouba dados bancários; saiba se proteger

Malware está presente em vários aplicativos disponíveis oficialmente para Android Um malware brasileiro está se espalhando entre usuários Android através de apps infectados disponíveis na Play Store . Chamado de Brata, ele permite que um malfeitor assuma o controle completo do smartphone da vítima e roube informações. Segundo a McAfee, os apps maliciosos (OutProtect, PrivacyTitan, GreatVault, SecureShield e DefenseScreen) se apresentam como ferramentas de segurança e têm em média de mil a cinco mil instalações, mas alguns deles, como o DefenseScreen, chegam à marca de 10 mil instalações. Descoberto pela Kaspersky em setembro de 2019, o Brata é uma ferramenta de acesso remoto (Remote Acess Tool, RAT) que permite a um criminoso roubar a senha de bloqueio do aparelho, capturar tudo o que acontece na tela, executar ações, desbloquear um aparelho, agendar o início de atividades, iniciar um keylogger (que registra tudo o que é digitado), injetar texto em apps de terceiros, ocultar chamadas e manipular a área de transferência (clipboard). Originalmente, o malware visava apenas os usuários brasileiros. Mas com o tempo, seus operadores se diversificaram e adicionaram também suporte ao espanhol e inglês. Em qualquer idioma, o Brata vasculha o smartphone para determinar se tem algum dos apps “alvo” instalado, e mostra uma falsa tela de login deste app. O alvo dos bandidos, claro, são credenciais bancárias , já que 65% das transações bancárias no Brasil são feitas através de smartphones. E uma vez que os criminosos têm seus dados, o prejuízo vem rápido. “O criminoso brasileiro é muito imediatista, ele quer ter um ganho de forma rápida, é o que eles chamam de ‘correria’. Se eles pegam sua credencial agora, em menos de 30 minutos sua conta vai ser invadida ou seu cartão vai ser clonado, é super rápido. Eles têm essa agilidade porque sabem que as equipes anti-fraude também estão trabalhando, então querem aproveitar o momento”, diz Fabio Assolini, Pesquisador Sênior de Segurança na Kaspersky. Mas não só as credenciais bancárias que são valiosas. Dados pessoais, como nomes completos, endereço, número de CPF, etc. podem ser usados para habilitar outros golpes no futuro. Segundo Assolini “as informações pessoais do usuário vão apoiar a fraude financeira. Com o passar do tempo os bancos passaram a exigir alguns dados para confirmar operações e o criminoso se viu num mato sem cachorro. Então o que eles começaram a fazer? Investir esforços na obtenção de dados pessoais . Alguns criminosos viram oportunidade nisso e constroem sistemas gigantescos com um monte de bases de dados vazadas e vendem esses dados como um serviço para outros criminosos.” Como se proteger do Brata A McAfee recomenda que os usuários não confiem em um app só porque ele está na Play Store . E que desconfiem de mensagens dizendo que uma “atualização” de um app é necessária, já que no Android as atualizações são feitas automaticamente pela Play Store em segundo plano, sem intervenção manual do usuário. Antes de instalar um app, leia sua descrição, o nome do desenvolvedor, a nota e as avaliações deixadas por outros usuários. Muitos desenvolvedores compram notas e avaliações numa tentativa de dar legitimidade a seus apps, mas ainda assim entre elas pode haver usuários reais dando um alerta de que se trata de um golpe. Preste também atenção às permissões que um app pede quando instalado: elas devem ser condizentes com os recursos oferecidos pelo app. Não há motivo para um bloco de notas pedir permissão para gerenciar chamadas, ou um app de fotografia acessar suas mensagens. Isso pode ser sinal de más intenções. Por fim, nunca clique em links desconhecidos enviados em mensagens ou e-mails. Esta é uma das principais formas que os malware têm para se espalhar: uma vez que um aparelho é infectado, uma mensagem com um link é enviada para todos os contatos, na esperança de que algum deles clique no link e infecte seu aparelho também.

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